Metodologia

Linhas de Conectividade

O Corredor Ecológico entende que a restauração florestal deve ser feita de forma estratégica, ou seja, buscando os melhores lugares para que aquela floresta implantada cumpra sua função de mantenedora dos recursos naturais e da biodiversidade. Sendo assim, dentro de critérios físicos pré-estabelecidos, a organização criou uma metodologia de conexão chamada Linhas de Conectividade (LDC), com uso de ferramentas avançadas de análise geoespacial e indicação de áreas mais adequadas para a implementação de florestas, formando corredores ecológicos.

Em uma paisagem com alto grau de conectividade, os organismos conseguem se deslocar entre os elementos da paisagem, promovendo grande fluxo biológico entre os remanescentes de vegetação natural, permitindo a manutenção da alta diversidade e a redução dos riscos de extinções.

Tendo em vista a importância da conectividade para a manutenção da biodiversidade em paisagens fragmentadas, a adoção de critérios de priorização de áreas, definição das melhores práticas e espécies para o plantio e o manejo integrado da propriedade surge como uma importante estratégia de planejamento da paisagem.

Pesos atribuídos aos layers e obtenção do mapa da potencialidade de áreas à linha de conectividade
(álgebra de mapas resultando no Potencial de implantação de Corredores).
Mapa com a delimitação dos corredores ecológicos prioritários e áreas de interesses ambientais.

No ano de 2014, as Secretarias de Meio Ambiente e de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo estabeleceram uma resolução conjunta (SMA/SSRH nº 001/2014) que define áreas de intervenção do Programa Mata Ciliar (Decreto nº 60.521, 05/06/2014).

Estas áreas estão identificadas no mapa a seguir, juntamente com os municípios e os corredores prioritários do Corredor Ecológico.

O Vale do Paraíba

A atual paisagem do Vale do Paraíba é formada por um complexo mosaico de constituído de pastos, florestas e áreas urbanas, o qual está associado aos diversos usos da terra relacionados às atividades rurais, urbanas e de mineração. Considerando a terminologia utilizada pela Ecologia da Paisagem, as áreas de pastos constituem o elemento matriz, enquanto os demais usos seriam pedaços (patches) inseridos na matriz.

As áreas de vegetação representam em torno de 11% da superfície da bacia do rio Paraíba do Sul (porção paulista), sendo boa parte dela constituída de fragmentos isolados de diferentes dimensões e baixa conectividade. Para reverter esta situação, em 2011, o Corredor Ecológico, em parceria com instituições acadêmicas e financiadoras, desenvolveu a presente estratégia de planejamento, que foi revisada e atualizada em 2015. Seu objetivo é definir procedimentos e diretrizes técnicas para o estabelecimento corredores ecológicos, com foco na conservação de recursos hídricos.

O mapeamento realizado em 2011, com a aplicação da metodologia, identificou 158,00 mil hectares de fragmentos remanescentes de Mata Atlântica que podem ser conectadas por meio do plantio estimado 6,12 mil hectares de florestas de espécies nativas.

Como fazemos

O Corredor Ecológico do Vale do Paraíba vai interligar unidades de conservação e outras áreas naturais, possibilitando a conectividade entre elas, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, conciliando a conservação da biodiversidade, proteção dos recursos hídricos e o desenvolvimento ambiental e socioeconômico da região.

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