2015 já está na “pole position” para ganhar o título de ano mais quente já registrado, e não dá sinais que irá diminuir o ritmo na reta final.
De acordo com dados do Centro Nacional de Informações Ambientais (NCEI) dos EUA, divulgados no último dia 17, agosto foi o sexto mês do ano a estabelecer um recorde de calor.
Cálculos realizados utilizando temperaturas até julho, indicam que 2015 possui 97% de chances de ser o ano mais quente já registrado, roubando o título de 2014.
A razão para o recorde deste ano ser tão certo é porque têm sido registrados meses ultraquentes desde janeiro, e as temperaturas não têm mostrado sinais de abrandamento. Em um gráfico que mostra os seis anos mais quentes registrados, Deke Arndt, o chefe da divisão de monitoramento do clima do NCEI, compara a uma corrida de cavalos, “fica claro que 2015 é o garanhão favorito do aquecimento global”. O planeta teria que presenciar uma onda gigantesca de frio em 2015 para não ser o ano mais quente já registrado.
Águas quentes são culpa do aquecimento global
Este ano superou todos os outros anos do início ao fim por ter o calor recorde dos oceanos a seu favor. Agosto estabeleceu o recorde de temperaturas mais quentes já registradas no mar, embora as áreas de terra também estejam mais quentes. Os oceanos são muito lentos para responder às mudanças de temperatura. É em parte por isso que é tão improvável que 2015 perca o título de ano mais quente da história.
Décadas de aquecimento induzido pelo homem levaram o planeta a este ponto. São 368 meses seguidos de calor acima do normal e já fazem mais de 100 anos desde que o planeta teve um ano com recorde de frio. Arndt afirma que o fenômeno El Niño está essencialmente ajudando o planeta a estabelecer o recorde.
Como o El Niño deve persistir até pelo menos o início de 2016 e continuar sua influência sobre o aquecimento global, é possível que 2015 também tenha um curto reinado como o mais quente já registrado.
A Importância das florestas para a estabilidade do clima
A preocupação com o meio ambiente envolve as florestas pois além de inúmeras funções elas também regulam o clima realizando o sequestro de carbono através da fotossíntese, diminuindo o aquecimento global causado pelo homem.
As estiagens prolongadas que atinge o Brasil, as restrições hídricas, os excessos de precipitações e/ou chuvas abaixo da média histórica numa mesma região, as reduções dos dias de frio em maior intensidade durante o inverno, as desertificações em áreas agricultáveis, os adiantados processos erosivos, as confusões climáticas, devemos saber que tais fenômenos estão relacionados aos desmatamentos desenfreados, causados pelas atividades antrópicas do homem, que atinge as florestas tropicais.
Por estes e outros motivos é que o Corredor Ecológico do Vale do Paraíba vem realizando projetos de restauração florestal nativa ao longo do Vale do Paraíba. O Corredor Ecológico é uma OSCIP, que tem como principal objetivo a recomposição florestal utilizando uma metodologia de formação de corredores ecológicos. Esta metodologia não só propicia a formação de florestas, mas também a facilitação do fluxo gênico de espécies da fauna e da flora entre fragmentos isolados de floresta. Além disso o plantio de espécies nativas auxilia na infiltração de água no solo, a contenção de processos erosivos e do assoreamento dos cursos hídricos e a regulação do nosso clima. Quer conhecer mais o nosso trabalho, acesse www.corredordovale.org.br e saiba mais. Você também pode doar uma árvore, através do nosso programa Arvorecer, ela será plantada e cuidada durante 2 anos. Divulgue, patrocine, participe! Faça parte deste caminho mais sustentável!
Por Carolina Cassiano Ferreira
Engenheira Ambiental – Corredor Ecológico
Referências Bibliográficas:
Live Science - http://www.livescience.com/52212-the-planet-is-going-to-have-its-hottest-year-on-record.html